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Primeiro desafio para PSL de Bolsonaro: as disputas pelo comando de Legislativos no país

Além das eleições na Câmara e no Senado, habilidade do partido do novo presidente será testada nas assembleias de Rio de Janeiro e São Paulo

Com Jair Bolsonaro empossado como o 38º presidente da República do Brasil, o primeiro desafio que surge para seu partido, o antes nanico PSL, é a disputa pelo comando de casas legislativas pelo país. Não apenas na Câmara e no Senado, mas também nas assembleias de Rio de Janeiro e São Paulo.

Deputada estadual eleita com mais votos na história, Janaina Paschoal deseja se candidatar à presidência do Legislativo paulista. É tradição na casa — como em qualquer outra — que a legenda com a maior quantidade de deputados comande o Parlamento. Neste caso, o nome da advogada do impeachment ganha força (o PSL elegeu 15 deputados contra dez do PSDB, que governa o estado desde 1995 com Mário Covas).

É preciso lembrar, contudo, que quem comanda o governo de São Paulo ainda são os tucanos. João Doria aproximou-se do discurso de Bolsonaro para vencer a eleição, mas daí a achar que os tucanos vão entregar de bandeja a Alesp para o neoaliado há uma distância considerável. O deputado do PSDB Cauê Macris é o presidente até fevereiro de 2019 e há movimentações acontecendo para que a legenda siga no comando da assembleia.

No Rio, o cenário com Wilson Witzel, do PSC, é semelhante. O PSL terá a maior bancada estadual, com 13 integrantes, mas não estará à frente do Palácio Guanabara. Mais votado em 92 municípios, o deputado Rodrigo Amorim (aquele que quebrou a placa em homenagem à vereadora eleita) chegou a declarar depois da eleição que não se candidataria à presidência da Alerj.

Em dezembro, contudo, em conversas privadas, ele voltou a admitir a possibilidade. Outros nomes querem o posto, e o governador empossado na manhã desta terça-feira, até agora, não sinalizou em que direção caminhará. O caso Queiroz, que enfraqueceu Flávio Bolsonaro, o grande padrinho político de Rodrigo Amorim, pode atrapalhar suas ambições.

Em Brasília, há uma diferença na postura do PSL na comparação com Rio e São Paulo. O partido não vai disputar os comandos das duas casas legislativas. No Senado, a única certeza que a família Bolsonaro já externou em declarações foi que trabalhará contra a eleição de Renan Calheiros. “Não é o que a população espera”, disse o filho Flávio no fim de novembro, para especular possíveis apoios a Davi Alcolumbre (DEM-AP), Lasier Martins (PSD-RS), Espiridião Amin (PP-SC) e Alvaro Dias (Podemos-PR).

Na Câmara, Eduardo Bolsonaro chegou a cogitar se candidatar ao lugar de Rodrigo Maia (que tentará a reeleição), mas desistiu. Em 7 de dezembro, O Globo publicou reportagem mostrando que pelo menos oito nomes pretendem buscar a presidência. São eles, além de Maia: Alceu Moreira (MDB-RS), João Campos (PRB-GO), Capitão Augusto (PR-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), JHC (PSL-AL), Delegado Waldir (PSL-GO) e Giacobo (PR-PR).

Depois do desempenho surpreendente nas urnas, há um fator mais importante para o PSL de Bolsonaro do que eleger seus próprios representantes como presidentes de um Poder. Importante parecer que não saiu derrotado em nenhuma das disputas de fevereiro. Desta forma, o partido, novato como ator protagonista da política, poderá sair ainda mais fortalecido no próximo mês.

Fonte: ÉPOCA

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