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O teatro das tesouras começa a se desmantelar

Estamos a caminho de março, data importante no calendário eleitoral, já que quem disputará esta eleição deverá estar filiado a um partido até o dia 3 de abril. Aí começaremos a ter as peças posicionadas e o jogo mais claro.


É bem verdade que no plano nacional fica cada vez mais evidente que a disputa será entre Lula e Bolsonaro. A terceira via não passa da tentativa de alguns se valorizarem ou esquentarem seus nomes para 2026. Não existe um nome que seja convergente aos que não desejam nem Lula nem Bolsonaro.

Para completar o quadro, tanto Lula como Bolsonaro são os seus principais antagônicos, ou seja, um acaba puxando o outro. No plano estadual do Rio, o jogo parece que ainda está sendo montado. O governador Cláudio Castro consolidou uma ampla aliança, inclusive com partidos que não apoiarão
Bolsonaro.


Do outro lado, Freixo tenta se repaginar e se alavancar com o apoio do Lula, sob uma severa desconfiança do PT e uma enorme oposição do prefeito da capital, Eduardo Paes , que é deseja-
do no palanque de Lula. Aliás, Paes tem buscado viabilizar uma candidatura alternativa, imaginando a dificuldade de Freixo se viabilizar mais ao centro.

Ainda existe a questão da federação com o PSB que, se não for viabilizada, poderá implodir o apoio do PT ao Freixo no Rio de Janeiro, abrindo espaço para uma composição Paes / PT.

Quando olhamos as pesquisas vemos uma consolidação muito grande, uma cristalização dos votos, tanto do Lula quanto do Bolsonaro, que me permite afirmar que, salvo um desastre com um dos dois, a eleição será decidida por eles.

Já nas pesquisas para o governo do estado do Rio existe uma quantidade muito grande ainda de não voto (branco, nulo e não sabe), o que sugere que o eleitor ainda procura um candidato que não foi apresentado. Certamente, o retrato de hoje sugere que o governador Cláudio Castro é o favorito.
O fato é que depois do dia 3 de abril os atores estarão posicionados e o jogo mais claro para podermos avaliar quem terá “ garrafa vazia para vender”.

Rodrigo Bethlem, ex-deputado e consultor político.

Fonte: Jornal Correio da Manhã

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