O jogo para as urnas começa a se desenhar
Na última semana, tivemos o movimento do prefeito Eduardo Paes, que preside o PSD no estado, de retirar a candidatura a governador de Felipe Santa Cruz e apoiar Rodrigo Neves, de quem o ex-presidente da OAB será vice.
É óbvio que esse movimento fortalece o pré-candidato Rodrigo Neves, mas, principalmente, demonstra o senso de oportunismo de Eduardo Paes, que viu que ia passar vergonha com o seu escolhido. Na medida em que retira e indica para vice o candidato que tem pouca presença na capital, qualquer coisa a mais ele tenha na cidade vai ser computada para a força do possível ocupante do Palácio da Cidade.
O governador Cláudio Castro, por sua vez, já havia escolhido seu vice, que será o ex-prefeito de Caxias, Washington Reis. Reis é um nome forte da Baixada, onde existe um grande colégio eleitoral. E ele ainda traz o partido MDB, que agrega candidatos e tempo de TV à campanha, algo importante numa eleição.
Resta a dúvida se o pré-candidato Marcelo Freixo vai conseguir fechar com o PSDB, com a indicação do Cesar Maia a vice, o que para ele seria fundamental, não só pelo aumento do tempo de televisão, mas também porque pode trazer um verniz para a sua candidatura de alguém que tem muita experiência de gestão, que foi três vezes prefeito e secretário de Fazenda.
Certamente, a falta de experiência administrativa de Freixo será explorada por seus adversários .
O desenho que vai tendo contorno nesta eleição são dois candidatos, mais do centro para a esquerda, buscando um lugar no segundo turno, e o governador Cláudio Castro, do centro para a direita, sem adversário, o que de certa forma dará um maior conforto ao atual ocupante do Palácio Guanabara na disputa eleitoral.
Que venham as convenções partidárias!