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Desafios lá e aqui

O desafio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e do governador, Wilson Witzel, será como lidar com o parlamento sem uma ação fisiológica, que marcou os últimos governos, tanto do PT quanto o do Michel Temer e do PSDB, também.

Jair Bolsonaro, que já é político há muitos anos e conhece um pouco o jogo da política, tratou de tentar costurar as bancadas temáticas na Câmara. Com isso, tem conseguido avançar bastante no sentido de ter um apoio grande na Casa, sem precisar tratar com os partidos de forma fisiológica.

No Senado, o problema dele parece mais complexo. Dos 81 senadores, apenas quatro são do PSL. Ainda, existe uma bancada grande do MDB, que tem um viés fisiológico forte e, ainda, tem PT, PDT, partidos de esquerda com uma bancada grande.
Ali, será a grande dificuldade do presidente eleito aprovar as suas medidas.

Aqui no estado, a coisa parece mais complexa. O governador eleito nunca atuou na política, nunca foi parlamentar, tem um vice parlamentar, mas que é um vereador de primeiro mandato. Não parece estar apto, ainda, no jogo da política.

Juntando o PSL que o apoiou, de forma meio tímida, mais apoiou, ainda assim, são 15 deputados de 70, ou seja, para compor uma maioria sem nenhuma medida fisiológica, vai precisar de uma matemática bastante complicada, dada a pulverização na Assembleia. São 28 partidos com representantes.

Enfim, é um jogo de xadrez bastante complexo para quem vai ter que aprovar uma série de medidas amargas, se quiser manter o seu governo em pé até o final e não se transformar num outro Pezão.

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