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A Saga do BRT

O desastre a que chegou este sistema de transporte tem uma longa história, que começa em 2010. O prefeito Eduardo Paes tenta vender que herdou da gestão anterior um enorme problema e tem feito todo esforço para resolver este passivo, mas a história não é essa.
Como disse, o caos que vivemos hoje começou em 2010, na primeira gestão de Paes. Ali, o sistema foi planejado como a melhor solução encontrada para melhorar o transporte público na cidade.
As empresas que a atual gestão hoje crítica e encampa, se tornaram concessionárias, exatamente, na primeira gestão do atual prefeito, em uma licitação que foi parar na justiça e que ele é réu. As obras executadas foram mal planejadas, mal feitas e superfaturadas, com a auto-confissão das empreiteiras que executaram.
O maior exemplo é a Transoeste, que foi mal planejada, com estações pequenas, previsão do número de usuários muito menor do que realmente seria e as obras executadas às pressas, o que acarretou uma péssima qualidade. Ainda em 2012 (ano da inauguração do corredor expresso), as pistas do BRT já apresentavam problemas.
A verdade é que, se o Prefeito Eduardo Paes não reconhecer que este projeto nasceu com problemas, dificilmente irá conseguir torná-lo um meio de transporte, minimamente eficiente, para a população que necessita usar diariamente.
Comprar ônibus, sem modificar as estações, dimensionando-as melhor para a demanda que existe e, principalmente, consertar as calhas (vias), de nada adiantará o investimento em novos carros.
Em um tempo muito breve todos estarão quebrados. Aliás, também não tem sentido a prefeitura colocar mais dinheiro para consertar as calhas, visto que as próprias empreiteiras são rés confessas.
É necessário que o poder municipal seja diligente e cobre das mesmas a execução do projeto a contento. Gastar mais dinheiro público nisso seria um ato de improbidade.
Torcemos para que o prefeito consiga resolver este problema tão grave para o carioca, mas é necessário uma dose de humildade, reconhecer erros do passado e não tentar terceirizar o problema. Certamente, assim, terá o apoio de todos os cariocas.

 

Por: Rodrigo Bethlem

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