2021 está acabando. O que esperar de 2022?
Teremos eleições nacionais e estaduais em 2022. É sobre esta perspectiva que escrevo.
No campo nacional, a polarização entre Lula e Bolsonaro, na minha opinião, é irreversível.
Em que pese, a imprensa faça uma força enorme para tornar Sérgio Moro viável, não imagino o ex-juiz passando do patamar que já está.
Apanhará de todos os lados, não tem militância política e há uma certa frustração, de boa parte da população, de que a Lava Jato pode ter sido só mais um palanque político.
Vejo um favoritismo do candidato Lula, por conta de equívocos da área econômica do governo, que estão impactando a vida dos mais pobres.
Já falei sobre a valorização do dólar em artigos anteriores.
No final, o que define a eleição é a Economia .
No estado do Rio, pelo candidatos colocados até agora, o favoritismo do governador Cláudio Castro é claro.
Apesar de não liderar nas pesquisas, ele é pouco conhecido e o seu governo, ainda, tem muito a entregar.
Existem dois pontos de atenção a serem observados. O primeiro é justamente se o seu governo conseguirá fazer as entregas esperadas.
O segundo é se a militância bolsonarista vai comprar a sua candidatura, sem que isso represente um rompimento com alianças mais ao Centro.
O surgimento de uma candidatura à direita, que motivasse parte desta militância, seria muito ruim neste momento.
Outro ponto importante a ser observado é como se portará o prefeito Eduardo Paes. Apesar de ter feito um primeiro ano de governo medíocre, principalmente na área de Transporte e na Saúde, tem recursos em caixa e será um eleitor de peso.
Já declarou que não subirá no mesmo palanque que Bolsonaro. Isso significa que ao lado do governador Cláudio Castro não estará.
Se apoiar um candidato do palanque do Lula, teremos fortes emoções.
2022 será um ano que ninguém vai morrer de tédio.